· Eduardo A. R. · Notícias  · 3 min read

MEIs lideram entre os negócios com maior taxa de mortalidade

Estudo apontou que a falta de planejamento, a ausência de conhecimentos em gestão financeira e a dificuldade de acesso a crédito são fatores que contribuem significativamente para o fechamento precoce dos negócios.

Estudo apontou que a falta de planejamento, a ausência de conhecimentos em gestão financeira e a dificuldade de acesso a crédito são fatores que contribuem significativamente para o fechamento precoce dos negócios.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), os Microempreendedores Individuais (MEIs) apresentam a maior taxa de mortalidade entre os negócios com até cinco anos de existência. A cada 10 novas empresas abertas nessa modalidade, três (29%) encerram suas atividades antes de completar o quinto ano de operação. Em comparação, as micro e pequenas empresas apresentam taxas menores de mortalidade, com 21,6% e 17%, respectivamente.

Segundo dados da pesquisa “Sobrevivência das Empresas 2020”, realizada pelo SEBRAE, o comércio é o setor com maior taxa de encerramento de empresas antes de completar o quinto ano, atingindo 30,2%, seguido pelas indústrias de transformação, com 27,3%. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do SEBRAE, Carlos Melles, afirmou que essa baixa taxa de sobrevivência está relacionada a diversos fatores, entre eles a baixa capacidade de gestão dos empreendedores.

A pesquisa também revelou que 41% dos entrevistados apontaram a pandemia de Covid-19 como fator determinante para o fechamento de seus negócios, enquanto 22% atribuíram à falta de capital de giro e 20% ao baixo volume de vendas. Melles destacou que “entre os pequenos negócios, os microempreendedores individuais foram os que mais sofreram prejuízos no faturamento. Não temos dúvida de que a pandemia de Covid-19 intensificou as dificuldades e impôs outros desafios”.

Como era de se esperar, 79% desses pequenos negócios apresentaram perda de receita, mesmo após a reabertura do comércio. Melles ressaltou que “a pesquisa nos permite perceber que apenas a autorização para reabertura das empresas não é fator suficiente para influenciar de forma positiva o faturamento desses negócios”. Entre todos os estados brasileiros, Minas Gerais se destacou negativamente com a maior taxa de mortalidade, atingindo 30%. Por outro lado, Amazonas e Piauí apresentaram as menores taxas, com 22% cada. Um dado que chama bastante a atenção é que 42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa, indicando que o empreendedorismo muitas vezes surge como uma alternativa ao desemprego.

A pesquisa do SEBRAE foi realizada com base em dados da Receita Federal e um levantamento de campo. Além disso, o estudo apontou que a falta de planejamento, a ausência de conhecimentos em gestão financeira e a dificuldade de acesso a crédito são fatores que contribuem significativamente para o fechamento precoce dos negócios.

Para auxiliar os empreendedores a superar esses desafios, o SEBRAE oferece diversos programas de capacitação e consultoria, focados em áreas como gestão financeira, marketing digital e planejamento estratégico. Além disso, a instituição tem intensificado suas ações de apoio durante a pandemia, oferecendo cursos online gratuitos e orientações específicas para a adaptação dos negócios ao cenário atual.

Fontes:

  1. SEBRAE - Sobrevivência das Empresas 2020.
  2. Agência Brasil - Entrevista com Carlos Melles, presidente do SEBRAE.
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